sábado, 28 de janeiro de 2012

A mentira


Você nunca mentiu? Nunca, mesmo?

Conhecidas como mentiras brancas, os seres humanos criaram a estratégia para conviver em sociedade sem criar conflitos desnecessários. Não é fácil dizer a verdade sempre. Algumas vezes, não é viável. Somos tomados por um sentimento de dó, respeito, consideração e até medo. Eu fui assaltada à mão armada três vezes. Jamais diria ao ladrão o que eu realmente pensava sobre ele, naqueles instantes de forte emoção. E assim caminhamos. “Mas, é apenas uma criança”, “Coitado, é um idoso”, “Ela nem sabe o que está dizendo”. Criamos seres humanos cada vez piores.

Quem nunca observou uma criança e culpou os pais pelo seu comportamento mal-educado, egoísta ou soberbo? Alguns educam os filhos, outros criam monstros que acreditam ser melhores que os outros, mais íntegros, mais inteligentes e merecedores de aplausos a vida toda. Nem sempre a culpa é exclusiva dos pais. Cada um nasce com sua índole. O maior problema é que crianças crescem. O que era perdoável passa a ser inaceitável. Adultos acometidos pela fome do mal, se transformam em pessoas tristes e insatisfeitas; ao mesmo tempo em que se alimentam dos infortúnios de alguns, vivem famintos e nunca cessam a busca. Tornam-se pessoas decepcionadas com o mundo que não lhes proporciona o que acreditam ser seu por merecimento. Elas acreditam em uma auto-imagem criada e não percebem o quanto se denunciam a cada comentário.

Os mais espertos consideram que mentir é arriscado e criam uma meia verdade. São artistas da manipulação com palavras. Usam um fato real para criar uma farsa. Uma simples participação em um evento e já o citam como de sua iniciativa. Inflam a importância do que fazem de bom, como em um emprego que de fato existe, mas cujas responsabilidades são exageradas. São os mentores do que um grupo produz com qualidade. Comentam elogios recebidos. Algo deu errado? Ele não foi ouvido, claro! Se criticados têm a resposta na ponta da língua: inveja! Quando demitidos, a culpa é de alguém que puxou o tapete para derrubá-los - não para limpar a sujeira que escondiam embaixo dele-. Pessoas assim existem em todos os lugares, mas, na política e nas artes é onde mais as encontramos. Um operário que aperta parafusos não tem contato direto com o produto final. Preocupa-se mais com o preço do leite do que com a sua imagem pública.

Como Deus criou o mundo, alguns acreditam que, criando, são um pouco de Deus também. Culpa de todos nós. Criticamos pelas costas e permitimos que só elogios cheguem aos ouvidos, como se toda obra fosse divina. Na literatura, área que conheço mais, é comum vermos pessoas que confundem o escritor com sua obra. Como se palavras escritas fossem verdades.

Ninguém melhor que um político ou escritor para criar meias verdades. As palavras são nossas ferramentas. É muito fácil escrever ou falar sobre comportamentos éticos e honrados. Já li poemas lindos de detentos que se declaram inocentes e cometeram crimes hediondos, comprovadamente.

Ah! Provas, como gosto delas. São irmãs dos Fatos. Palavras? Bem...

A única verdade que existe nessa crônica é a seguinte: todo mundo mente, menos eu!

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Site de Concursos Literários

http://www.concursos-literarios.blogspot.com

Site do Rodrigo Domit
No site você pode cadastrar seu endereço eletrônico e receber as atualizações.

Concursos do Ano - 2012

Concursos do Ano - 2012 -


Janeiro

01.01.2012 - Seleção para a Antologia "Brinquedos... Eles matam!"
07.01.2012 - 7º Prémio “Castello di Duino”
13.01.2012 – Prorrogado - XXVII Concurso de Poesia “Brasil dos Reis”
13.01.2012 - Concurso 100 palavras para deixar sem palavras
15.01.2012 - IX Concurso de Ensaios "Pensar a Contracorriente"
15.01.2012 - II Concurso de Microcontos "La Calle de Todos"
15.01.2012 - Concurso Rogério Sganzerla (EdUFSC)
20.01.2012 - Concurso Fragmentos Urbanos
26.01.2012 - 8º Concurso Expresso das Letras
27.01.2012 - Prorrogado - Prêmio de Literatura Unifor
31.01.2012 - Prémio Literário Aldónio Gomes (Portugal)
31.01.2012 - Concurso Literário Book.it (Portugal)
31.01.2012 - X Concurso ”Fritz Teixeira de Salles de Poesia"
31.01.2012 - Seleção para Periódico - Revista Samizdat - Edição 32


Fevereiro

10.02.2012 - Concurso de Poesia Camaçari em Versos
10.02.2012 - I Edital Literário Joaquim Amorás Castro - Castanhal/PA
10.02.2012 - Prorrogado - 8º Prêmio Barco a Vapor
12.02.2012 - II Concurso “Poesia na Biblioteca” (Portugal)
15.02.2012 - I Concurso de Poesias e de Causos Gauchescos
15.02.2012 - Prêmio Brasília de Literatura 2012
20.02.2012 - 4º Concurso de Minicontos do IST Taguspark
24.02.2012 - Concurso "Faça lá um Poema" (Portugal)
29.02.2012 - Concurso Nacional de Literatura Infanto-Juvenil de  Ponta Grossa
29.02.2012 - Concurso Nacional de Poesias de Ponta Grossa
29.02.2012 - Concurso Nacional de Contos de Ponta Grossa
29.02.2012 - Concurso Nacional de Crônicas de Ponta Grossa


Março

02.03.2012 - Prêmio Cecílio Barros Pessoa de Poesia
12.03.2012 - 1° Concurso Estudantil Brasília de Literatura
14.03.2012 - Concurso de Crônicas Sergio Luiz Rossetti
15.03.2012 - I Curta TeleImage
19.03.2012 - V Concurso de Poesia da Biblioteca Municipal de Vale de Cambra (Portugal)
20.03.2012 - 2º Concurso Poetizar el Mundo
27.03.2012 - Seleção para a Série de Antologias "Terrir"
30.03.2012 - Prêmio Cuore de Literatura Infantil e Infantojuvenil
30.03.2012 - 6º Concurso Literário TDM (Moçambique)
31.03.2012 - Concurso "Eu Conto" (Portugal)


Abril

15.04.2012 - Seleção para Antologia "Eu, Monstro"
17.04.2012 - Jogos Florais do Clube de Futebol “Os Bonjoanenses” Faro
30.04.2012 - Seleção para Antologia "2012 - O Ano do Fim"


Maio

03.05.2012 - 25º Concurso de Contos Cidade de Araçatuba
20.05.2012 - Seleção para a Antologia "Malditas - As casas têm atmosfera"
27.05.2012 - Seleção para a Série de Antologias "Terrir"


Junho

01.06.2012 - Seleção para a Antologia "Suburbia"
20.06.2012 - Seleção para a Série de Antologias "Acordes" - Volume 1: Paranoia
30.06.2012 - Concurso de Literatura Infantil da Seicho-No-Ie

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Crocodilo


O príncipe

O príncipe dormiu e eu morri até o dia me acordar. Na minha floresta só tem lobos. Os cavalos foram comidos. O caixão não é transparente. E o caçador não tem dó de ninguém. O príncipe casa com a bruxa e eu envelheço descalça e ao lado do meu gato preto e uma vassoura depenada.

Amarrotado


Outra vez escuto os pássaros acordarem o dia
Cantam ensandecidos, não sabem que ainda não dormi
Lentamente a luz atravessa as janelas
Pergunto onde foi que me perdi de mim
Em qual momento do passado me esqueci quem era
Os raios de sol chegam até a cama,
Mas não atravessam minhas vidraças
Levantar-me por quê, se não sei aonde ir?
Chove lá fora. Você chove dentro de mim.
Uma garoa insistente, fria e indiferente
Meus olhos embaçados procuram por nosso porta-retrato
Seu travesseiro novamente intacto.
Fecho os olhos apressadamente e finjo que durmo
Assim não enxergo o que restou de mim.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

II Encontro da CL - Rio de Janeiro - 2012

Amigos, anexo fotos do encontro anual de escritores no RJ.

Reparem na mesa, a quantidade de livros... Todos levam seus livros solos ou antologias e trocamos entre nós, garantindo meses de leitura da melhor qualidade.

Espero que no próximo encontro, que será em SP, na época da Bienal, mais escritores vinhedenses participem.

Abraços,
Simone Pedersen
Clube dos Escritores de Vinhedo






Nas fotos:

Tatiana Alves e o marido André. Tati é recordista em concursos literários. Centenas. Doutora em Letras. Mil títulos. André foi primeiro lugar no concurso da Amlac – poesia - entre tantos outros que tem ganhado.

Henrique Bonn, descendência suíça, psiquiatra, encontra na literatura refúgio depois de atender seus pacientes. Seus romances são verdadeiras obras-primas.

Zulmar, grande escritor do Bar do Escritores, vai do infantil ao romance com maestria. Moderador da CL, é ele quem mantém a ordem!

Nathalia Wigg, poeta, fada, revisora, maravilhosa.

Alex, meu grande amigo, o melhor escritor de infanto-juvenil que conheço, escreve para as maiores editoras do país. A Cris, sua esposa, uma ilustradora excepcional, estava fotografando e não saiu na foto...

A Kim, da Caki books também está em alguma outra foto, de vermelho, com uma menininha na barriga! Encontrei. Estão as duas na última foto – CL 5.

Rodrigo Domit, talento fantástico. Especialista em síntese, consegue em três versos poetar como ninguém. Escreve com achados de grande significado.

Zé Ronaldo, outro especialista, professor, o maior escritor do mundo - 2,06m não é para qualquer um - rs. Já ganhou os concursos mais importantes do país. O André não fica muito abaixo não...

JP Veiga, editor, escritor, ilustrador, pai, um artista completo que contribui muito para a literatura infanto-juvenil da nossa terra.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Jan/12 - Jornal da Cidade de Jundiaí

‘O essencial é invisível aos olhos’
Escritora de Vinhedo lança livro em Braille em parceria com a Fundação Dorina Nowill
Com seis livros infantis já publicados, a mãe do Dennis e da Natalie caminha para o lançamento de seu primeiro livro em Braille, “A galinha que botava batata”, um projeto da Fundação Dorina Nowill em conjunto com a AEILIJ – Associação dos Escritores e Ilustradores de Literatura Infantojuvenil.
Formada em direito, Simone Alves Pedersen, 45, começou a escrever profissionalmente em 2008, quando participou de seu primeiro concurso literário. Para ela, “Escrever é uma forma de liberar suas emoções” diz. E desde então vem presenteando seus leitores com poemas sinceros, e seus contos e crônicas repletos de nostalgia.
Diferente de profissões como a de jornalista, que convive e interage com pessoas diferentes a todo momento, o mundo de um escritor costuma ser solitário, e por isso, falta um ‘feedback’ de seu trabalho. Simone explica que os concursos literários são importantes para darem uma visão de seu próprio trabalho, e ainda, traçar comparações com os demais participantes “Com a avaliação dos profissionais, os horizontes se abrem, e os concursos acabam funcionando como verdadeiras oficinas literárias” diz. De todos os concursos que participou por todo o Brasil e em Portugal, ela já teve pelo menos 100 nomeações, entre prêmios e menções honrosas.
Há cinco anos em Vinhedo, Simone notou que os escritores da cidade não eram muito unidos, e assim, depois de uma conversa com os amigos e escritores, Conrado Amstalden e Wladimir Novaes Martinez, nasceu o Clube dos Escritores de Vinhedo (CEV). Grupo informal e sem fins econômicos, cujo objetivo é valorizar os artistas da cidade: “Queremos levar a literatura para todos, democratizar e incentivar novos talentos, trocando experiências regadas a um bom vinho” revela.
Jovens & Adultos
Mas não é só de livros infantis que é feita a bibliografia de Simone Pedersen, além de “Fragmentos e Estilhaços” e “Colcha de Retalhos”, para 2012 foi programado o lançamento de mais três publicações. A primeira, “O Tango da vida” (contos), será lançada em conjunto com o romance “O milagre de Anna Roza”, de Wladimir Novaes Martinez, autor de livros de direito e literatura, pela Academia Metropolitana de Letras, Artes e Ciências (AMLAC), no dia 15 de fevereiro, em Vinhedo. Em seguida virá “Fronteiras” (crônicas), e “Flor do deserto” (poesias). Boa parte dos textos de suas publicações já foi selecionada por concursos literários, o que corrobora com seu sucesso no mundo das letras.
Esse ano será cheio de novidades, para quem quiser saber mais, a autora tem perfis em mídias sociais como Orkut e Facebook, e ainda mantém seu próprio blog chamado “Fragmentos”.
Parte de um kit de 10 livros que serão doados a 5 mil bibliotecas espalhadas por todo o Brasil em 2012, a iniciativa partiu pela Fundação Dorina Nowill em conjunto com a AEILIJ – Associação dos Escritores e Ilustradores de Literatura Infantojuvenil.
As ilustrações são do artista Paulo Branco, com poucos detalhes e cores fortes, as imagens foram criadas de acordo com as necessidades de crianças com baixa visão ou cegueira. A Fundação Dorina Nowill é referência no Brasil em inclusão de deficientes visuais, de acordo com o Censo de 2010, existem no Brasil cerca de 6,5 milhões de pessoas com deficiência visual, sendo aproximadamente 6 milhões com baixa visão e 528 mil com cegueira total.
As bibliotecas que quiserem se cadastrar para receber doações, basta entrar em contato pelo site http://www.fundacaodorina.org.br/.
Confira os próximos lançamentos da autora:
Infantis
Os diferentes gatos, Editora Cortez
Poemas Minimalistas, Editora RHJ
A Vila dos Ecomonstros, Livros Horizonte – PT
Um estranho no reino das formas, Módulo Editora
O domador de Cometas, Módulo Editora
A mosca destrambelhada, Caki Books
O sequestro da borboleta, Caki Books
Dinossauros, índios e versos, Caki Books
Sofia soltou pum… de novo!, Caki Books
Cartilha sobre o meio-ambiente, Instituto Social Brasil Novo
Coleção Pápum – poetando e desenhando, 2ª. Edição, Paco Editorial
Tati e o aparelho mágico, Paco Editorial
Jovens e adultos
O Tango da vida – contos
Fronteiras – crônicas
Flor do Deserto – poesias
P.S.: Texto elaborado para o caderno Sirva-se, do Jornal da Cidade de Jundiaí.

Arrimo

Lóla Prata é uma grande poeta e trovadora. Seu novo dicionário de rimas é perfeito para quem escreve poesia. Email: lola@pratagarcia.com

O menino e o concurso literário


quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

A morte da cerejeira

Quando não sabemos as respostas, só nos resta orar e enviar beijos de boa-noite àqueles que viajaram; ouvir a voz de Deus, nem que seja em uma única palavra. É impossível sentir ódio. É impossível não amar, mesmo que tenhamos sido proibidos de fazê-lo. Por isso, observamos o trem de longe. A terra vermelha e seca mostra a realidade. A fotografia fria torna-se morna com um beijo de saudade. Dizem que amor não dói. Mas a saudade mata. Mata a alma da gente. O trem apita e o pássaro voa longe, alto como as nuvens, belo como um bailarino que rodopia pelo céu deixando um rasgo no azul. Ele vai além das montanhas, onde não enxergamos quem parte. Talvez tenha outro ninho, talvez tenha outra ave, talvez tenha outro Deus. O funeral é um ritual de despedida quando a morte se apresenta vestida de negro. Qual o ritual de despedida quando outra vida se apresenta vestida de arco-íris? O trem voltará um dia, com outros passageiros, com outras estórias. O pássaro voltará um dia, quando o inverno acabar. Mas nem o trem nem o pássaro serão os mesmos. A cada partida, são acrescidos de lágrimas e de risos passados. Enquanto isso, o vento sopra nuvens de paz, abençoadas pela luz do sol. Quem fica, continua. Acorda cedo, trabalha, se alimenta, sonha, ri e chora. As flores da cerejeira observam o homem, o pássaro e o trem juntos na primavera. A cerejeira sombreia o trem, é casa para o pássaro e alimento para o homem. Ela morre para que eles vivam felizes. E, na felicidade deles, ela encontra os nutrientes necessários para renascer na próxima estação.

A partilha

Em meio a tanta dor,
Às lágrimas nos afogando,
A vida nos chama
Para a partilha final.
Seus livros, meus discos,
Seus projetos, meus sonhos.
Um porta-retratos estilhaçado
Com a foto de um beijo apaixonado,
O filme das nossas viagens,
Souvenirs, livros, momentos...
Contas a pagar, escrituras para assinar,
O futuro rasgado ao meio...
Em meio aos meus pedaços, pergunto:
Como podemos dividir
O passado?

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

O tango da vida

O quinto filho
Deitada na cama,
Coberta de silêncio,
Escuto o escuro
Do meu dia.

Menino franzino, com olhos e cabelos negros escorrendo pela sua testa teimosamente. Quinto filho de Dona Maria das Dores, Jusué era um menino vencedor. Vencera sarampo, caxumba, meningite até. Sua mãe creditava às suas rezas. A vizinha enfermeira, trabalhava no Posto de Saúde da cidade de Guariné, e repetia que suas mãos puxavam o menino do Vale da Morte cada vez que ele escorregava na beirada, enquanto o Padre Severino creditava suas vitórias ao fato de o menino ser coroinha da igreja desde os sete anos.

Cada um deles concordava, contudo, que não era por causa da Mãe Zíbia, benzedeira e macumbeira. Ela acendia velas coloridas e falava com voz grossa quando o pequeno adoentava; proclamava que os espíritos do mal queriam levá--lo porque ele traria muita alegria ao mundo.

Para os donos do sítio onde Maria das Dores e o marido João da Silva residiam e trabalhavam como caseiros, era apenas um acaso, uma sorte qualquer, que mantinha o menino fora das estatísticas de mortalidade infantil do país.

Incomodava-os o fato de o menino consumir tanto tempo dos pais, que apresentavam atestados que a natureza se recusava a ler. O mato crescia, as galinhas tinham fome, o lixo se acumulava, estivesse Jusué doente ou não.

domingo, 1 de janeiro de 2012

E agora, José?


O Ano Novo chegou, a lista já está enorme, e uma folha em branco me espera.
E agora, José?
Tantos projetos caminhando, mais tantos outros que surgirão e meu calendário esquizofrênico continua tendo alucinações.
E agora, José?
Determinar prioridades, descartar inutilidades, listas e classificar, para o destino tudo alterar.
E agora, José?
São tantos caminhos, tantas pedras no caminho, tantas flores na estrada.
E agora, José?
Coração bate destemido, horizonte cada vez mais visível e o fim do mundo se aproxima.
E agora, José?
Todos os dias o mundo se acaba para alguém...Preciso correr, antes que o meu mundo chegue ao fim.