domingo, 20 de fevereiro de 2011
Abandono
Você partiu sem despedidas nem explicações
Eu busquei respostas no passado que preenchessem o vazio
O porta-retrato no lixo eu recuperei
Um pijama que não será lavado
Mosaico da tua presença impregna os sentidos
Lembranças de frases jogadas:
“Controladora...”
“Enruga as minhas asas...”
“Vai: destranca a gaiola...”
Era um ninho aberto
Você não sabia?
Enruguei minhas asas porque quis
Subi grades imaginárias
Em minha volta
Agora
Não beijarei flores perfumadas ,
Caminharei por becos imundos, sozinha
Sem você, não sou borboleta
Sou lagarta, agarrada, desconfiada
Do que tenho medo? Não é medo de cair.
É medo de te ver voejar em outro jardim.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário