Era um ganso desengonçado
Que não gostava de água
O seu problema era tão grande
Que na lagoa ela não entrava
Ela dizia pra toda gente
Que sua casa fora inundada
E que ela havia sido obrigado
No meio da noite abandoná-la
Pela cidade perambulava
Por entre os carros e a gentarada
Ninguém entendia aquele ganso
Tão triste assim, tão desolado
Ele, então, viu uma vitrine
E descobriu o que fazer
Depois de muito se explicar
Saiu de lá com uma caixa
Voltou correndo à sua casa
Os outros gansos estupefatos
Com o amigo tão preocupados
Observavam o que ele desembrulhava
O ganso abriu a caixa misteriosa
Dentro dela tirou algo que brilhava
Em cada pata, uma linda bota
Toda em plástico e avermelhada
Mas que ganso danado!
Do livro Poetando e Desenhando - Pápum (Ed. Komedi)
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