Poemas são pássaros colorindo o céu da boca de quem os declama. Estão aqui, ali, acolá.
Só os enxerga quem presta atenção no que não vê. Como pássaro em árvore, invisível ao distraído, faz ninho e procria.
Bate asas, voa azul. Mas se perde a liberdade, de dor canta, chora e renasce. Esse livro não é gaiola.
Apenas um galho macio, onde coloridos poemas descansam e observam os animais como eles gostariam de ser vistos.
Como um gavião que rasga o céu com suas garras para ver o que tem do outro lado, você abre a realidade e enxerga outra dimensão a cada poema minimalista, onde elegantes cigarras tocam jazz e formigas atletas nadam em piscinas de gotas de orvalho.
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