terça-feira, 14 de maio de 2013

Dualidade

Dentro de mim vivem duas mulheres. 
Uma menina e uma velha.
A velha sonha em ser poeta.
A menina gosta de fazer arte.
A poeta sofre e chora.
A artista procura sempre uma saída.
A que chora vive no mundo do poço.
A que sai encontra sempre novas vidas.
A do poço tem frio e dorme encolhida.
A das vidas não sabe o que é noite ou dia.
Assim vivem minhas mulheres.
Há quem diga que são loucas ou pura fantasia.
Só eu as conheço e sei do que precisam.
Sei que é uma é romântica com todo coração.
Por sorte, a outra é forte e realista.
Não abro mão de nenhuma delas.
Um dia ainda, hão de se tornar uma única Simone.
Nesse encontro, não quero velas nem lágrimas.
Quero uma grande festa de despedida!

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