quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Amarrotado


Outra vez escuto os pássaros acordarem o dia
Cantam ensandecidos, não sabem que ainda não dormi
Lentamente a luz atravessa as janelas
Pergunto onde foi que me perdi de mim
Em qual momento do passado me esqueci quem era
Os raios de sol chegam até a cama,
Mas não atravessam minhas vidraças
Levantar-me por quê, se não sei aonde ir?
Chove lá fora. Você chove dentro de mim.
Uma garoa insistente, fria e indiferente
Meus olhos embaçados procuram por nosso porta-retrato
Seu travesseiro novamente intacto.
Fecho os olhos apressadamente e finjo que durmo
Assim não enxergo o que restou de mim.

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